Solanaceae

Solanum cinnamomeum Sendtn.

LC

EOO:

345.269,938 Km2

AOO:

480,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — no município Ribeirão do Largo —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Alfredo Chaves, Conceiçao do Castelo, Domingos Martins, Ibitirama, Iúna, Marechal Floriano, Mimoso do Sul, Rio Preto, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante —, no estado do Mato Grosso — no município Cotriguaçu —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Araponga, Bocaina de Minas, Carandaí, Carangola, Catas Altas, Coronel Pacheco, Dores do Turvo, Extrema, Itambé do Mato Dentro, Juiz de Fora, Luisburgo, Mariana, Ouro Preto, Santa Bárbara, Santana do Riacho, São Gonçalo do Rio Abaixo, Viçosa e Viçosa —, no estado do Paraná — nos municípios Adrianópolis, Antonina, Bocaiúva do Sul, Guaraqueçaba e Tunas do Paraná —, Rio De Janeiro — nos municípios Itatiaia, Macaé, Nova Friburgo, Petrópolis, Resende, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, Silva Jardim e Teresópolis —, e no estado de São Paulo — nos municípios Areias, Bananal, Campinas, Campos do Jordão, Cotia, Cunha, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Ibiúna, Itapecerica da Serra, Jundiaí, Juquitiba, Miracatu, Mogi das Cruzes, Pariquera-Açu, Pedra Bela, Ribeirão Grande, Santo André, São Bernardo do Campo, São José do Barreiro, São José dos Campos, Sao Miguel Arcanjo, São Miguel Arcanjo, Sao Paulo, São Paulo e Sete Barras.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Monira Bicalho
Categoria: LC
Justificativa:

Solanum cinnamomeum é uma árvore de grande porte que ocorre na Mata Atlântica, em Florestas Ombrófilas e Florestas Estacionais Semideciduais. Apesar do valor de área de ocupação da espécie, atingir o limiar para conferir uma categoria de risco de extinção, a espécie possui mais que 10 situações de ameaças e não está severamente fragmentada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. E ainda, possui registros em Unidades de Conservação Integral, constante presença em herbários. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. 10: 44, 1846. É reconhecida pelas lâminas foliares com o ápice involuto (Carvalho, 1996). Popularmente conhecida como coerama-maçu (Parrini et al., 2017).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Valente et al. (2011) encontrou 18 indivíduos em 0,25 hectares em parcelas de Mata Nebular de Minas Gerais, afirmando que a espécie é muito representativa quanto a dominância e altura na Serra Negra, MG.
Referências:
  1. Valente A.S.M., Garcia P.O., Salimena F.R.G., Oliveira-Filho A.T., 2011. Composição, estrutura e similaridade florística da Floresta Atlântica, na Serra Negra, Rio Preto - MG. Rodriguésia. 62: 321–340.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Árvore com até 26 m de altura (Carvalho, 1996). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (Flora do Brasil 2020, 2020). Floresce no outono (abril e maio); frutifica na primavera e no verão (Parrini et al., 2017).
Referências:
  1. Carvalho, L.A.F., 1996. Espécies de Solanum L. das seções Lepidotum (Dun.) Seith V. Hoff e Cernuum Carv. (Solanaceae). Pesquisas série Botânica 46, 5–83.
  2. Flora do Brasil 2020, 2020. Solanaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14748 (acesso em 05 de outubro de 2021)
  3. Parrini, R., Pardo, C.S., Pacheco, J.F., 2017. Conhecendo as plantas cujos frutos e recursos florais são consumidos pelas aves na Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Atualidades Ornitológicas 199, 38–136.

Reprodução:

Detalhes: A espécie é monoica com flores monóclinas (Carvalho, 1996), iterópara, melitófila (Parrini et al., 2017), quiropterocórica (Passos et al., 2003). Floresce e frutifica em junho e julho (Mentz e Oliveira, 2004).
Síndrome de polinização: melitophily
Dispersor: Há relatos de frugivoria por morcegos no Parque Estadual Intervales (Passos et al., 2003), e aves, tais quais o jacuaçu (Penelope obscura), cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata), bico-grosso (Saltator maxillosus) e peito-pinhão (Poospiza thoracica), no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parrini et al., 2017).
Síndrome de dispersão: quirepterochory,ornitochory
Polinizador: As flores de Solanum são adaptadas a serem polinizadas quase exclusivamente por abelhas (Parrini et al., 2017).
Estratégia: iteropara
Sistema sexual: hermafrodita
Referências:
  1. Mentz, L.A., Oliveira, P.L., 2004. O gênero Solanum na Região Sul do Brasil. Pesquisas Série Botânica 54, 1–327.
  2. Passos, F.C, Silva, W.R., Pedro, W.A., Bonin, M.R., 2003. Frugivoria em morcegos (Mammalia, Chiroptera) no Parque Estadual Intervales, sudeste do Brasil. Rev. Bras. Zool. 20, 511-517.
  3. Parrini, R., Pardo, C.S., Pacheco, J.F., 2017. Conhecendo as plantas cujos frutos e recursos florais são consumidos pelas aves na Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Atualidades Ornitológicas 199, 38–136.
  4. Carvalho, L.A.F., 1996. Espécies de Solanum L. das seções Lepidotum (Dun.) Seith V. Hoff e Cernuum Carv. (Solanaceae). Pesquisas série Botânica 46, 5–83.

Ações de conservação (5):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES), Território Itororó - 35 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território Campinas - 18 (SP).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental Campos do Jordão, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental Fernão Dias, Área de Proteção Ambiental Itupararanga, Área de Proteção Ambiental Jundiaí, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Municipal do Capivari-Monos, Área de Proteção Ambiental Parque e Fazenda do Carmo, Área de Proteção Ambiental Piracicaba Juquerí-Mirim Área II, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Área de Proteção Ambiental Serra do Itapeti, Área de Proteção Ambiental Serra do Mar, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual do Desengano, Parque Estadual do Itacolomi, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional do Itatiaia e Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre em Cotriguaçu (MT), município da Amazônia Legal considerado prioritário para fiscalização, referido no Decreto Federal 6.321/2007 (BRASIL, 2007) e atualizado em 2018 pela Portaria MMA nº 428/18 (MMA, 2018).
Referências:
  1. BRASIL, 2007. Decreto Federal nº 6.321, de 21 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, 21/12/2007, Edição Extra, Seção 1, p. 12. URL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6321.htm (acesso em 11 de outubro de 2021).
  2. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 2018. Portaria MMA nº 428, de 19 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, 20/11/2018, Edição 222, Seção 1, p. 74. URL http://http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/50863140/do1-2018-11-20-portaria-n-428-de-19-de-novembro-de-2018-50863024 (acesso em 11 de outubro de 2021).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.